quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Ficheiro do Papel Higiénico

nível de secretismo: colorido


O prometido é devido, por isso hoje é dia de falar de papel higiénico às cores. Quero já avisar, de antemão, que há uma forte probabilidade de ocorrer a repetição da palavra rabo ao longo deste texto.


Portanto, o papel higiénico colorido. Aqui está um nicho de mercado que estava por explorar. Depois da invenção da dupla folha, a equipa de criadores de produtos da Renova juntaram as suas massas cinzentas e deram cor a uma realidade há já demasiado tempo cinzenta, perdão, branca. Era algo por que os rabos de todo o mundo desesperavam como os quenianos de pão para a boca. Numa informação relacionada, nota-se que este é um produto muito virado para os países industrializados e com grande índice de gordos na sua população. É aquela velha acção-reacção: quanto mais comes, mais cagas, mais limpas. Bem, na verdade é acção-reacção-demão. Com a mão direita. Ou a esquerda, se se for canhoto ou querer dificultar a tarefa.

O negócio do papel higiénico é como o das agências funerárias. Se, por um lado, vai sempre haver mortos, também vai continuar a haver vivos para limpar o rabo. E até descobrirem uma nova forma de assear o par de nádegas, o papel continuará a ser o material de eleição para a tarefa. Eu lembro-me dum filme com o Sylvester Stallone que empregava outra ideia, uma ideia à base de 3 conchas. Bom, (re)vejam vocês.


Nunca chegamos a descobrir como se usam as 3 conchas, resta a imaginação de cada um para chegar a uma conclusão. O Stallone, esse lá achou uma maneira de se orientar de papel. Ordinário, o menino. 

Também não sou apologista daquela ideia de pegar num pau e embrulhar a ponta com um pano enxaguado em água como os romanos faziam. Eu falei em ideias para o futuro, não retornar ao império romano. E se eu quiser sodomia consigo encontrar formas bem mais originais do que um piaçaba de tempos remotos. Pelo menos já se evoluiu nesse sentido. Antes metia-se um piaçaba no rabo, agora nem tanto. E se há quem o meta não é por higiene, certamente. Aquilo não é uma escova de dentes gigante, embora o possa parecer. Em caso de dúvida do utilizador, o dado a reter é que a maioria das nádegas não têm dentes, logo...

Eu tenho a sensação que a Renova está a tentar revolucionar o mercado e fazer com que haja toda uma nova panóplia de temas de conversa de café.

- Nem sabes, tenho andado a limpar o rabo com o Renova azul e sinto-me tão mais confortável. Sinto mesmo que é a minha cor.
- Pois eu andava a limpar-me com o Renova verde, mas tive que mudar. O verde desbota e a Maria diz-me que pareço o Hulk, mas com pêlo.
- Eu também tive de mudar, antes usava o Renova castanho, mas estava sempre a cagar as mãos sem querer.
- E qual é que usas agora?
- O cor-de rosa... Estou a atravessar uma fase.

Quer isto dizer que já conseguimos fazer um arco-íris fofinho nas nossas casas-de-banho. Isto, para os decoradores de interiores, é uma maravilha. Também significa que a Renova dá a possibilidade, a cada um de nós, de descobrir a nossa cor interior. Quer dizer, a cor do nosso rabo. Dá-se voz a elementos que, normalmente, só arrotam e fazem merda. Confere-se opinião a uma região tantas vezes esquecida, mas que é tão importante para o ser humano. 

Tenho uma dúvida racial: se uma pessoa resolve limpar o cu a papel Renova preto é considerado racista ou defende a não-propagação do racismo? Uma questão crítica nos dias de hoje. Fica lançada a incerteza e um debate para o futuro no Prós e Contras.

Hoje é dia 24 de Outubro, dia em que já muita gente foi ao WC. Para aí uns 3 biliões de pessoas, no mínimo. É muito rolo a rolar.

The L Files
O L é de Limpeza Individual

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