sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Ficheiro do Bruno

nível de secretismo: presidencial


Eu gosto do Bruno de Carvalho, actual Presidente do Sporting CP (SCP). Faz lembrar um Jorge Nuno Pinto da Costa mais novo, mais tio, mais verde, menos azul, mais patusco. Basta olhar para a foto e dá logo vontade de apertar aquelas bochechas gordinhas e deixá-lo rapar o fundo do tacho do arroz doce por se andar a portar tão bem. Tem uma voz grave como Pinto da Costa, menos arrastada, mais acintosa, próprio da idade de quem ainda faz birra. Vai para o banco de suplentes como o outro antes ia, cria inimigos como o "Papa" já o fez há 30 anos atrás. Verdade que não tem tanto jeito para a ironia, mas substitui isso muito bem com a brutidão de uma manada de elefantes sempre que fala à comunicação social, atropelando tudo e todos com as suas interpelações. Falta-lhe o gosto por brasileiras com um terço da sua idade e namoriscar mulheres em casas de alterne, mas ainda é novo, tem tempo. 

O menino, de parvo, tem muito pouco. 

No fundo, Bruno de Carvalho faz questão de desprezar o seu homónimo do Porto, mas o que tem feito é fotocópia exacta do que Pinto da Costa faz há mais de 30 anos. Talvez tenha lido os livros do senhor, secalhar optou pela versão de banda desenhada. Seja esse o seu feitio ou não, parece que se quer impor um regime presidencialista no SCP. Não só isso, mas uma lei presidencialista, uma ditadura em que Bruno é imperador. E, só por isso, acho que o SCP está no bom caminho, ou pelo menos num melhor caminho. Tudo começa com o criar dum inimigo comum para as hostes sportinguistas: o FCP, clube mais forte no actual Portugal, esses bandidos que ganham tudo. E a roubar, segundo dizem fontes da 2ªCircular. É a mesma solução que Pinto da Costa encontrou antes, a guerra do Norte e Sul, Lisboa a arder, o Calabote, essas coisas. Ou seja, cria-se um confronto, há um objectivo a cumprir, há um foco e um propósito, há um elemento a abater. 

De seguida, ir para o banco: tornar visível a sua presença em todos os jogos, ali, ao lado dos jogadores e equipa técnica. Com o presidente ali ao lado, pia tudo mais fininho e, se Bruno de Carvalho discorda da arbitragem, fará questão de protestar e se abeirar da equipa de arbitragem, como que convidando se não querem ficar e jantar umas solhas por conta da casa. Por fim, controlar os media e mostrar de forma declarada que haverá tormentos e consequências nefastas para os jornalistas que se mostrem demasiado sagazes na busca de informação delicada, seja através de cortes de relações com determinado orgão de comunicação, seja ameaçar com coito interrompido através do recto dos jornalistas presentes nas conferências de imprensa, se as perguntas forem demasiado incómodas de responder. E como quem tem cu tem medo...

O que Bruno de Carvalho tenta agora (e bem) é que, tal como no FCP, presidente e instituição se confundam como um só e haja a tal unificação das massas. E a realidade é que torna-se tudo muito mais fácil quando há um inimigo declarado. Bruno de Carvalho vem lembrar, de tempos a tempos, que o corte de relações com o FCP mantém-se, porque o vice-presidente do FCP não lhe deu um aperto de mão na final da Taça de Portugal de Andebol entre ambos os clubes. E mais umas merdas. É o que faço sempre que alguém não me dá um aperto de mão, declaro-o a ele e toda a sua família e futuros descendentes como inimigos mortais. Também paro de fazer reciclagem para fazer disto um mundo pior para eles e compro todo o papel higiénico de dupla folha existente no planeta para lhes deixar apenas aquele papel de uma só folha, aquele áspero que deixa o rabo todo assado.
Inimigo é inimigo, até do rabo alheio.

Referia eu que Bruno de Carvalho ajuda os que têm memória de peixe. Diz, agora, que espera e quer (!) que o Sporting seja recebido no Estádio do Dragão da forma mais hostil possível, pois é quando o Sporting responde melhor e se sentem com mais força para poderem dar a melhor resposta dentro de campo, desde que tudo corra dentro da normalidade. Ah, valente! 'Tá todo fanfarrão, assim é que eu gosto do titio. 

Portanto, exaltar os ânimos, apontar para o inimigo comum, dar o toque sobre a arbitragem no final. 
Reconhecem esta estratégia de algum lado? Não?! Querem arriscar nos 50/50? Ligar a um familiar, amigo? Eu espero.

Pelo meio, ainda ficaram chateados que a maçã pôdre (nome carinhoso atribuído por Bettencourt a um jogador da casa) só lhes rendeu cerca de 15M€ e que FCP fez um mau negócio, um negócio de má fé aquando da transferência do João Moutinho para o Mónaco. O que eu acho é que o Pinto da Costa está a ficar um coração mole. Nos velhos tempos, o Sporting teria direito apenas ao suficiente para comprar uma sandes mista e uma meia de leite em chávena escaldada para não ficar com aquela sensação de estômago vazio.

(Montinho. Eu chamo Montinho ao João Moutinho...)

De qualquer forma, eu gosto de Bruno de Carvalho. E acho que isto vai ser uma época muito, mas mesmo muito divertida.



Finalizo com esta imagem, gosto muito. Para já, a nível de comparação de tamanho e influência penso que a proporção está correcta. Se o Bruno começar a oferecer uns frigoríficos, umas viagens ao Brasil e ficar amigo do pai do vocalista dos BAN, aí sim, o Bruninho cresce. Vamos ver, com o tempo, como é que se modifica. 

Já a parte do "Oh lagartinho, Cresce e... (des)aparece!!!", o autor deste blogue não se alia nem tampouco se reflecte nestas palavras. Mas, por outro lado, o autor deste blogue não tem conhecimentos de Photoshop para retirar o texto.

Ora, hoje é dia 20 de Setembro, e é neste dia em 331 a.C. que Alexandre, o Grande, inicia a travessia do Rio Tigre para enfrentar o Império Persa. Perceberam? Tigre, Sporting... Ah, não, 'pera, o Sporting é leões... E é lagartos. Eh pá, escolham um animal, decidam-se. Eu proponho Tigres. Por estúpida conveniência.
Ah, caga. Pronto, nesse dia um gajo chamado Alexandre atravessou um rio, é isso.

The L Files
O L é de Lagartos...?

PS. É possível que o autor deste blogue perceba um pouco de Photoshop...

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